Data de Publicação: 25 de Junho de 2015
Por Waneska Cipriano
Na tribuna da Câmara, o vereador exemplificou que uma criança pode se assustar no primeiro contato com um transexual ou um casal de mães ou pais. “É educar para a não discriminação. É apresentar o mundo como ele é, no momento certo, na hora certa”, pontuou Lucas Aribé. O vereador lembra que a pessoa nasce com o gênero, masculino ou feminino, e mais à frente, com maturidade, vai escolher sua opção sexual. “É um direito que ele tem e precisa ser respeitado. A sociedade presencia hoje a diversidade humana ocupando os espaços públicos que são garantidos pelas leis deste país. São homens, mulheres, lésbicas, transexuais... Todos iguais, com direitos iguais”, argumentou o líder do PSB na Casa.
Na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), segundo Aribé, é preciso amadurecer discussões importantes presentes no Plano Municipal de Educação (PME), a exemplo da ideologia de gênero nas escolas. “Volto a repetir meu discurso de segunda feira na Câmara. O Legislativo não é uma Secretaria da Prefeitura e nem tem relação de subserviência à mesma. A Prefeitura de Aracaju enviou às pressas o Plano à Câmara e o material só foi entregue aos parlamentares na sexta feira. É fundamental que os parlamentares aprofundem o tema para não retirarmos ou deixar de incluir pontos importantes no Plano Municipal de Aracaju. A Lei deve ser publicada até o dia 26”, informa Aribé.
Acessibilidade
Ainda na Tribuna, Lucas Aribé pontuou novamente a discriminação do Parlamento e da Prefeitura de Aracaju ao seu mandato. “Eu fui eleito pelo povo como qualquer outro vereador. Eu tenho direito a acessar todo o material que foi enviado aos parlamentares. A Prefeitura não sabe que existe um vereador cego na Câmara? Que ninguém transfira para mim um erro da Prefeitura. O material deveria vir acessível, por isso não votei e nem vou votar quando isso acontecer”, clama Aribé.
Na sessão de segunda, o vereador solicitou ao presidente da Câmara, Vinícius Porto, que registrasse este fato discriminatório nos anais da Câmara Municipal. “Quero cópia de tudo: ata, vídeos, áudios, material encaminhado aos vereadores etc. Em respeito aos cidadãos que me elegeram vou acompanhar as discussões. Volto a dizer: Esta Casa precisa respeitar o povo e a diversidade humana”, destaca Aribé.