Data de Publicação: 27 de Novembro de 2014
O vereador de Aracaju, Lucas Aribé, e João Luiz Oliveira e Thiago Cabral, presidente e advogado da Associação dos Supermercados de Sergipe (Ases), respectivamente, se reuniram com o diretor do Senac, Paulo do Eirado, para discutir um curso de atendimento especializado às pessoas com deficiências nas lojas da capital. O encontro aconteceu nesta quarta-feira, 26, na sede do Senac, e surgiu após inúmeras reuniões entre o parlamentar e a Associação e audiências no Ministério Público do Estado de Sergipe (MPE-SE) visando o cumprimento da legislação municipal que determina a disposição dos preços em Braille nos supermercados de Aracaju.
"Através da promotora Berenice Andrade de Melo e em conversa com o setor supermercadista do Estado, buscamos a adequação para o cumprimento desta legislação. Infelizmente, não achamos mecanismo que pudessem contemplar as pessoas com deficiência visual. Colocar apenas o preço em Braille não resolveria, teríamos que ter as informações do produto totalmente acessíveis para que o deficiente visual fosse realmente incluído neste meio. O caminho encontrado foi promover um curso de capacitação para os colaboradores do setor", explicou Aribé.
Segundo o presidente da Ases, João Luiz, a intenção do setor é buscar não somente o cumprimento da lei, mas o acesso deste público às lojas. "Buscamos formas de adequação, mas não encontramos. Porém, acredito que um curso para um atendimento especializado de qualidade seria um bom começo", afirmou o presidente.
O diretor geral do Senac, Paulo do Eirado, firmou o compromisso para a realização do curso através da instituição. "Temos muito interesse em nos somar e ajudar a promover a acessibilidade nestes espaços", disse Eirado. Ele ficou de analisar o curso no âmbito pedagógico para voltar a se reunir com Lucas Aribé e a Ases.
"É muito válido contar com o Senac para viabilizarmos o melhor atendimento às pessoas com deficiência. Infelizmente, a autonomia não será total, mas o acesso será melhor. Aos poucos vamos conseguir que a pessoa com deficiência tenha seu espaço e seus direitos respeitados", destacou Lucas.