A busca pelo cumprimento das leis 3.774 e 3.769, ambas de 2010 e de autoria do ex-vereador Chico Buchinho, é constante por parte do vereador de Aracaju pelo PSB, Lucas Aribé. A primeira prevê a disposição dos cardápios em Braille nos bares e restaurantes da Capital, já a segunda determina a fixação dos preços em Braille dos produtos expostos nos supermercados. Dando autonomia à pessoa com deficiência visual. Na última sexta-feira, 15, e nesta segunda, 18, o vereador esteve presente em duas audiências no Ministério Público Estadual (MPE) na Promotoria Especializada na Defesa das Pessoas com Deficiência e das Pessoas Idosas para acompanhar a ação da promotora Berenice Andrade de Melo nas cobranças aos setores envolvidos.

"Fazemos esse acompanhamento a convite da Dra. Berenice Melo pois queremos ver os direitos de todos os cidadãos respeitados. Infelizmente, na reunião de sexta, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, a Abrasel, não esteve presente. Já na segunda, os representantes da Associação de Supermercados de Sergipe (Ases) foram enfáticos em mostrar que estão dispostos a encontrar a melhor solução", explicou o parlamentar.

Na imagem, os presentes na audiência estão sentados em frente a uma mesa. Da esquerda para a direita: o diretor da Ases, Roberto Orrico, o advogado Thiago Cabral, a promotora Berenice Melo e o vereado

Durante a audiência, Lucas Aribé reafirmou a necessidade de promover a acessibilidade para todos e a disposição dos preços de forma acessível nos supermercados irá possibilitar a ida de pessoas com deficiência visual ao espaço de compras. "Queremos autonomia para todas as pessoas e da maneira como está atualmente é impossível que um cego faça suas compras sozinho. É um público que quer consumir, mas lhe é tirado o direito", destacou.

O assessor jurídico da Ases, o advogado Thiago Cabral, ressaltou que mantém um diálogo com o vereador visando atender a legislação vigente. "Estamos pesquisando e conversando com Lucas Aribé para acharmos a melhor solução. Pelo nosso atual entendimento, o melhor é dispor em forma de áudio e procuramos a tecnologia que seja adequada a essa necessidade", disse Cabral, que estava acompanhado do diretor financeiro da Ases, Roberto Orrico.

"Precisamos usar a tecnologia que veio se somar para melhorar questões como essa. Indiquei um equipamento comercializado pela Associação Laramara, em São Paulo, que creio atender as nossas demandas. Vamos acompanhar e buscar as soluções", reforçou Aribé.

Ao final da audiência, ficou acordado um nova encontro para o dia 29 Ao final da audiência, ficou acordado um nova encontro para o dia 29 de setembro. "Demos um prazo de cerca de 45 dias para que sejam apresentadas as opções por parte do setor supermercadista com o auxílio do vereador Lucas Aribé", disse a promotora Berenice Melo.