Dia a Dia

Lucas volta a questionar sessão extraordinária realizada em julho

Data de Publicação: 05 de Agosto de 2014

De volta aos trabalhos legislativos na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), o vereador Lucas Aribé (PSB) subiu à Tribuna para falar sobre a convocação extraordinária do dia 17 de julho. Aribé usou o Grande Expediente para apontar que a sessão era desnecessária. "Avalio como completamente desnecessária a convocação de julho em virtude dos projetos que tinham em pauta. Os Projetos de Lei apresentados  não mereciam ser votados em uma hora e meia, sem discussão e se ouvir a população. Poderíamos esperar e votar com mais calma e atenção", disse.


Para o vereador,  os PLs eram muito importantes para a população, portanto, o conteúdo não deveria ser analisado como foram. "Temos o compromisso com a sociedade que nos pergunta diariamente sobre o que acontece nesta Casa. As pessoas na rua perguntavam sobre os PLs, sobre o Plano Diretor, sobre IPTU e ITBI, mas tínhamos informações superficiais. Nos deram 48 horas para analisar propostas de tamanha importância para a sociedade. Ou seja, não nos deram condições", destacou.

 

Imagem de Lucas na Tirbuna

Imagem de Lucas na Tirbuna

 


Lucas voltou a cobrar uma maior independência do Poder Legislativo em relação ao Executivo. "Os poderes são independentes e precisa haver um respeito mútuo. É inadmissível a convocação da forma com que foi feita e a impossibilidade de uma verdadeira análise dos projeto", afirmou.

A sessão extraordinária apontada por Lucas Aribé na Tribuna ocorreu no dia 17 de julho e colocou em pauta projetos de lei da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). Na ocasião, a os vereadores de oposição que estavam presentes, Emmanuel Nascimento e Emerson Ferreira, ambos do PT, e Lucimara Passos (PCdoB), se retirou do plenário por entender que não seria possível a votação sem análise.


Ele ainda respondeu à acusação do vereador Agamenon Sobral (PP) que, no dia, acusou a oposição de se retirar do plenário em virtude de não receber pela sessão. "Nós não saímos do plenário porque a sessão não era remunerada e lamento profundamente essa denúncia. A oposição e a situação recebem o mesmo salário e nenhuma sessão extraordinária, mas temos o direito de se retirar quando entendermos que não está sendo feita do melhor forma para a população", explicou.


Os vereadores Agamenon Sobral (PP), Anderson de Tuca (PRTB) e Renilson Félix (DEM) apartearam o discurso de Aribé afirmando que foi dado direito à oposição de discutir, mas que a própria oposição, ao se retirar, não quis. "Nosso questionamento foi em relação à quantidade de projetos e de como foi curto o tempo de análise. Esses projetos deveriam ser discutidos com a população, o que não aconteceu. Para piorar, nos foi retirado o direito à fala, quando cortaram o Pequeno e o Grande Expediente. Por isso, me coloco contrário ao que foi feito nesta Casa", destacou.

 

Foto: Acrísio Siqueira/CMA