Um dia de contato com a leitura nas diversas formas possíveis. Assim foi o 4º Encontro de Rede de Leitura Inclusiva de Sergipe, que faz parte da 7ª Semana Aracaju Acessível, que, este ano, trata dos direitos da pessoa com deficiência ao turismo, cultura, esporte e lazer. O evento aconteceu no Calçadão da 13 de Julho, nesta quarta-feira, 18, e reuniu mais de 300 pessoas.

#PraTodoMundoVer Lucas Aribé em pé, vestindo camisa branca, tateando objetos para ensino de Braille. Ao redor dele, jovens e crianças observam a demonstração, alguns em pé, outros sentados

Foram diversas atividades voltadas para o estímulo à leitura, além de oficinas, mini-palestras, rodas de conversa e contação de histórias. Para o vereador Lucas Aribé, organizador da Semana, esse é um momento imprescindível ao se tratar de acesso a cultura. “A Rede de Leitura é uma peça fundamental na nossa programação, pois oportunizamos  acesso à cultura através da leitura, em suas diversas formas acessíveis. A leitura pode ser acessível a qualquer cidadão, e o que a gente busca é sensibilizar a população para mostrar que a acessibilidade é para todos”, ressalta Lucas.  

#PraTodoMundoVer Homem em pé contando histórias e crianças sentadas em lona azul à frente dele

O evento recebeu alunos e professores de escolas das redes pública e privada, que percorreram os estandes montados e participaram das atividades ofertadas, como oficinas de Braille, audiodescrição e Libras, além de brincadeiras educativas e leitura ao ar livre. Quem passou pelo local também encontrou a Trilha da Inclusão e o Jardim Sensorial, que foram montados para estimular nas crianças a percepção do cotidiano de uma pessoa com deficiência.

#PraTodoMundoVer Em ambiente interno, crianças sentadas no chão lendro livros

A professora Rita de Cácia Souza, que é membro da Rede de Leitura Inclusiva de Sergipe, destaca a importância de vivências que busquem conscientizar as pessoas e promover o desenvolvimento sociocultural da pessoa com deficiência. “Essas atividades fomentam os professores a pensarem em diferentes formas de leitura e escrita da pessoa com deficiência. Isso vai contribuir para que esse público tenha mais acesso ao conhecimento, e para que essas pessoas possam participar de diversas atividades, no contexto educacional e também em outros espaços da vida, além de incentivar o gosto pelo hábito de ler”, garante.

A Rede de Leitura foi implantada pela Fundação Dorina Nowill, e trazida a Aracaju através do Instituto Lucas e Mariana Aribé de Acessibilidade para a Inclusão Social de Pessoas com Deficiência (Iluminar). Perla Assunção, técnica da Fundação, além das dificuldades em estimular o hábito de ler, o objetivo do grupo é promover a consciência para a inclusão. “Temos dois desafios: trabalhar com a leitura, que é desafiador, e a inclusão. A nossa ideia é formar uma sociedade inclusiva, então queremos conversar com quem não precisa desse recurso, mas está no processo de intermediação com o leitor”, afirma.