Data de Publicação: 31 de Julho de 2018
A dona Maria Verônica Esteves, 63 anos, perdeu a visão antes de completar dois anos de idade e com a ausência de recursos acessíveis nas escolas de sua cidade, nunca teve acesso à educação. Aos 54 anos, a moradora do município de Boquim, no centro-sul de Sergipe, decorou as letras do alfabeto em Braille com a ajuda de uma amiga, mas manteve vivo o desejo de aprender a escrita do sistema tátil. O sonho da dona Verônica foi realizado nesta segunda-feira (30) durante uma oficina ministrada pelo vereador de Aracaju, Lucas Aribé, no Departamento Cultural do Município.
Na capacitação, Lucas defendeu que mesmo com a expansão de tecnologias em smartphones e computadores, o Braille é fundamental para as crianças que nascem cegas ou perdem a visão na primeira fase da infância, uma vez que, permite a representação do alfabeto, além de números e simbologias científicas, musicografia e informática. “A alfabetização acessível ainda não é uma realidade para todas as pessoas com deficiência, mas o Braille nos ajuda a suprir o acesso à cultura e à maioria de informações visuais”, ressalta Aribé.