Na última sexta-feira, dia 22, os esforços da 5ª Semana Aracaju Acessível foram voltados para a realização da 4ª edição do Seminário homônimo. Em parceria com o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tiradentes – Unit –, cerca de 100 alunos e representantes da sociedade civil discutiram questões relacionadas à acessibilidade e perspectivas das cidades do futuro.
A graduada em Direito e Arquitetura e Urbanismo, diretora do Departamento de Licenciamento de Obras e Serviços de Natal/RN, Alessandra Marinho trouxe algumas problemáticas vivenciadas nas cidades com sua palestra ‘Cidadania nas calçadas: a vez do pedestre’. “Na cidade de Natal, temos avançado bastante nessas questões de acessibilidade em calçadas porque atuamos para regulamentar as atividades relacionadas ao departamento municipal de licenciamento de obras e serviços. Se as empresas e cidadãos não cumprem as normas exigidas em relação às calçadas, acaba pesando no bolso”, coloca Alessandra.
Para o idealizador do projeto Aracaju Acessível, vereador Lucas Aribé, a inciativa consolida um dos objetivos que é conscientizar e buscar soluções para a acessibilidade de toda diversidade humana. “Este momento é enriquecedor por estarmos dentro de uma universidade, conversando com cabeças pensantes e que representam o futuro da mobilidade urbana de Aracaju, do Brasil e do mundo. Tudo o que vivenciamos aqui é válido para a construção de uma sociedade mais igualitária”, afirma Lucas Aribé.
O professor Wilton Santana, membro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Turismo, responsável pelo trabalho de implantação do sistema de “Smart City” (cidade inteligente) na capital sergipana, falou um pouco do que se trata esse programa que vem sendo desenvolvido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. “Aracaju tem todas as condições para se tornar um modelo de cidade inteligente para o país, dado o tamanho da cidade, a sua economia e a sua geografia. Como Aracaju já está neste projeto, a ideia é conquistar avanços para a cidade como um espaço para todos”, conta.
A promotora da 4ª Promotoria de Justiça dos Direitos do Cidadão, especializada na defesa do acidentado do trabalho, idoso, pessoa com deficiência e direitos humanos em geral, Berenice Andrade Melo, acredita que discutir os direitos e deveres já faz parte da construção de um lugar melhor para todos. “Já tivemos um ganho só em envolver e conscientizar esses alunos hoje aqui presentes, pois serão os futuros arquitetos e urbanistas. A acessibilidade é um direito constitucional. Parabenizo a Lucas Aribé pelo envolvimento e atuação com o projeto Aracaju Acessível, e por toda representatividade na Câmara Municipal de Aracaju”, afirma.
No período da tarde, os alunos e palestrantes realizaram uma oficina de curativos no bairro Bugio, na intenção de destacar os locais que precisavam de reparo para uma travessia segura do pedestre.
Matéria: Raquel Passos
Fotos: Assessoria de Comunicação
