Data de Publicação: 15 de Setembro de 2017
A coordenadora do NAPPS da Unit, professora Kátia Souza, acredita que a inclusão é um dever de todos. “A ideia dessa oficina é fazer com que se perceba que a inclusão não está vinculada apenas a um setor, mas faz parte da sociedade e é um dever dos cidadãos promove-la em todos os espaços”, acredita.
De acordo com a facilitadora da oficina, professora Joana Darc Meireles, coordenadora da Coordenadoria de Apoio Educacional à Pessoa com Deficiência – COEPD – da Prefeitura de Aracaju que trabalha basicamente com deficiência visual, cegueira e baixa visão, estimular os sentidos é o passo mais importante.
A aluna do 2º período de Psicologia Natália Martins que até então não se sentia segura em usar bengala e andar sozinha, percebeu a importância da oficina rapidamente. “Com essa oficina eu fico feliz porque ser independente vai ser muito bom para mim. Mas eu preciso perder o medo e eu quero melhorar isso com essa oficina”, revela. Seu irmão Wilson estuda no curso Sistema de Informação e aprova a iniciativa. “Pretendo aprender tudo sobre mobilidade”, conta.
Como o direito de ir e vir não acontece para o cego se não houver reconhecimento do território por parte dele, de onde ele transita. “Então vou descrevendo como é esse espaço em que estamos. Aqui na biblioteca da Unit mesmo, que tem esse salão amplo, mostro as linhas guias (que são os extremos da sala), coloco para usar o corrimão da Universidade, explico a importância de usar as paredes para entenderem onde estão. Trabalhamos também a audição que é o ‘sentido-rei’ para o cego, pois conseguem identificar alguém que chega só pelos passos. No meu caso, por exemplo, meus alunos me identificam de longe só pelo meu modo de pisar e o perfume que uso. Essas identificações os fazem circular com independência”, afirma a facilitadora Joana Meireles.
Matéria: Raquel Passos
Fotos: Assessoria de Comunicação