Em menos de dois meses, o Brasil será sede do Campeonato Mundial de Futebol da Fifa e terá um dos maiores eventos esportivos do mundo em diversos estados brasileiros. Para o vereador Lucas Aribé (PSB), o atual panorama político e econômico não são propícios a realização de eventos como o Mundial. "O Brasil não está preparado como deveria. Faltam diversas obras ficarem prontas, a mobilidade urbana está longe de ser a ideal, não há acessibilidade nas cidades, ou seja, falta muito", destaca Aribé.

Suas palavras foram ditas na Tribuna da Câmara Municipal de Aracaju na manhã desta quarta-feira, 16, ao usar o Grande Expediente da sessão anterior ao recesso da Páscoa. "Estádios inacabados e às vésperas da abertura do evento. Isso não poderia acontecer. Além disso, vemos um reajuste de orçamento quase diário e sempre aumentando o custo final da obra, com estádios custando R$2 bilhões. Esse dinheiro poderia ser investido em outras coisas, tão necessárias para a nossa população", diz.

Durante o pronunciamento de Aribé, o vereador Manoel Marcos (DEM), elogiou as palavras do parlamentar do PSB e acrescentou que há outras necessidades. "O Brasil não tinha competência de sediar um evento como esse por ter que cuidar de outros setores e não ser sede da Copa", afirma.

Eleições 2014

Aribé reforça que o atual momento do País exige cuidado e atenção, principalmente por parte do povo. "Este ano, durante o período eleitoral nós, e me coloco como povo, temos que analisar as plataformas de campanha dos candidatos e ver, realmente, quem tem responsabilidade para gerir o erário público", diz.

Para ele, o período eleitoral é ideal para a sociedade começara pensar no futuro do País. "A população precisa exercer o papel de fiscalizador, cobrar do gestor, dizer 'meu amigo você prometeu fazer isso e não fez', é disso que precisamos", ressalta.

As questões partidárias, sempre priorizadas na atual conjuntura política, foram criticadas pelo vereador de Aracaju. "Fico triste quando vejo que questões partidárias são consideradas de forma prioritária e o interesse social em segundo plano. A política é a arte do bem comum. Se a política continuar com essas características de intrigas, acima de interesses do povo, a gente não vai caminhar para um país mais justo", pontua.

Ao final do seu discurso, Aribé lembrou da importância do voto. "Espero que a população abra os olhos e os ouvidos, saiba julgar e avaliar corretamente, e lembrar que o voto não pode ser negociado", afirma