Dia a Dia

Lucas realiza debate informal com pessoas com deficiência no plenário da CMA

Data de Publicação: 08 de Agosto de 2017

Pessoas com deficiência no plénário da Câmara debatendo com os vereadores

Pessoas com deficiência no plénário da Câmara debatendo com os vereadores

A manhã desta terça-feira, 08, foi bastante tumultuada na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) pelo cancelamento da sessão ordinária por ultrapassar o horário regimental da Casa. Nesse mesmo dia seria votado o Projeto de Lei nº 180/2017, de autoria dos vereadores Elber Batalha (PSB), Professor Bittencourt (PCdoB) e Thiaguinho Batalha (PMB) que dispõe sobre a gratuidade do acesso de pessoas com deficiência nas casas de shows, cinemas, teatros, circos, praças de esportes e em quaisquer ambientes onde sejam realizados espetáculos artísticos ou culturais.


O vereador Lucas Aribé (PSB) se mostrou bastante indignado com o cancelamento da sessão e lamentou não poder discutir sobre o projeto juntamente com os vereadores e com os representantes das pessoas com deficiência que se fizeram presentes. “A não realização da sessão de hoje foi uma falta de respeito com o povo aracajuano. Perdemos a oportunidade de debater os assuntos de interesse da população, mas, por algum motivo que desconheço, não tivemos sessão”, afirma.


Lucas pediu a autorização da mesa diretora, representada pelo vereador Isac Silveira (PCdoB), para que as pessoas com deficiência que iriam acompanhar a votação do projeto entrassem no Plenário e realizassem juntamente com os vereadores um debate informal sobre seus posicionamentos a respeito do projeto.


De acordo com o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Aracaju, Everton Vieira, a reunião foi bastante proveitosa e agradece todo o empenho do vereador Lucas Aribé em estar ao lado das pessoas com deficiência, convencendo os colegas vereadores para barrar esse projeto de lei. “No nosso entendimento a aprovação dessa lei só virá prejudicar as pessoas com deficiência no acesso a eventos culturais e artísticos da nossa cidade. Entendemos que esse PL deve ser refeito e não ter apenas emendas”, pontua.


O vice-presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Sergipe (Adevise), Roque da Fonseca, achou um absurdo o que estão querendo fazer com as pessoas com deficiência, sem o onhecimento da categoria e de alguns vereadores. “Os autores dessa Lei estão usando de má fé, principalmente para as pessoas com deficiência que tanto necessitam dos anseios previstos em lei. Estão querendo roubar nossos direitos”, desabafa.

Matéria e Fotos: Maraisa Figueiredo