Na manhã desta quinta-feira, 19, foi retomada a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) do município de Aracaju na Câmara Municipal. O Projeto de Lei enviado pelo Poder Executivo foi analisado durante mais de quatro horas. Os parlamentares voltaram ao plenário, mas a bancada de oposição se retirou por não aceitar a votação de 12 projetos do Executivo.

Lucas Aribé, vereador de Aracaju pelo PSB, foi contrário ao PL enviado pela gestão municipal por entender que o orçamento da forma como foi colocado não estava correto. "Não votei favorável devido a forma como foi apresentado aqui. Substituíram o PL e  não acataram nenhuma emenda proposta pela oposição. Eram boas sugestões que foram descartadas", afirmou Aribé.

O PL 254/2013 foi aprovado e a PMA terá um orçamento de R$ 1.602.801.399,00 para os poderes Legislativo e Executivo, além de órgãos relacionados. Entre as secretarias, a Secretaria Municipal da Saúde recebeu a maior verba anual, de R$459.904.999,67, e a de Educação R$265.489.375,11. Já a Secretaria Municipal da Articulação Política foi a com menor verba, tendo R$2.008.720,00. A de Indústria, Comércio e Turismo terá o segundo menor orçamento com R$6.428.00,00. A Câmara Municipal de Aracaju teve uma verba de R$42.366.350,00 para o ano de 2014.

Aribé foi favorável à emenda aditiva da vereadora Lucimara Passos (PCdoB) que tirava R$500 mil da Secretaria de Comunicação, com orçamento para 2014 de cerca de R$10 milhões, e destinava à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito. Essa verba serviria para a manutenção, integração e sinalização das ciclovias da Capital. "Defendemos a mobilidade urbana e essa emenda visa justamente isso. Acho interessante demais a proposta da colega e voto favorável", explicou o parlamentar. Foram analisadas 23 emendas propostas pelos parlamentares de oposição e situação.

Oposição retira bancada

Após um breve intervalo para o almoço, vereadores de oposição retiraram a bancada na pauta que previa a votação de 12 projetos de autoria do Poder Executivo. Os projetos foram enviados na quarta-feira, 18, e os cinco vereadores de oposição, Aribé, Iran Barbosa, Emmanuel Nascimento, Emerson Ferreira (PT) e Lucimara Passos (PCdoB), se retiraram do plenário por não acreditar que haveria condições de analisar os projetos. "Nos mandaram 12 projetos e não teria como votá-los assim. São 12 PLs que mereciam a nossa análise e não poderiam ser apresentados dessa forma. Retiramos a bancada por ser impossível uma discussão. Lamento mais uma vez a postura adotada pela situação", destacou.