Data de Publicação: 07 de Outubro de 2016
Correio de Sergipe
07 de outubro de 2016
Após o afastamento de 10 vereadores que estão sob investigação, a Câmara Municipal tem sofrido também com a ausência dos parlamentares que não conseguiram se reeleger. Nos últimos dias o legislativo municipal tem ficado cada vez mais vazio, nessa quinta-feira, inclusive, a sessão foi interrompida por não ter a quantidade mínima de vereadores presentes, havia apenas três.
O vereador Lucas Aribé (PSB) utilizou a tribuna da Câmara no grande expediente para falar mais uma vez do não comparecimento de alguns vereadores à Casa Legislativa. Apesar de não terem se reelegido, seu mandato é válido até 31 de dezembro deste ano. "Eles deixaram de comparecer fazendo com que os trabalhos fiquem parados e sei que o presidente da Casa também está preocupado. Vemos aqui sete ou oito vereadores, sendo que 14 estão em condições de estarem aqui e não aparecem. Isso culmina na impossibilidade de votar, das comissões trabalharem e da tramitação dos projetos", critica.
Os trabalhos na Câmara costumavam começar entre 9h e 9h15 com o pequeno expediente, este tinha duração de uma hora. Em seguida, por volta das 10h15. iniciava-se o grande expediente, quando os vereadores têm 15 minutos para discursar. Com essa grande ausência de vereadores, quarta-feira, 05, às 9h25, já estava no grande expediente e a sessão terminou às 10h10. Isso é um desrespeito com a sociedade e temos Projetos do Executivo para serem votados. Não posso apelar para que os colegas venham porque cada um é responsável pelas suas atitudes, mas eu também me sinto incomodado com essa situação. Queremos votar, trabalhar, discutir os projetos nas comissões, promover debates, sessões especiais, tribunas livres e não temos como", explicou Lucas.
Votação
Com o afastamento dos 10 vereadores, ainda era possível votar projetos do Executivo e os de autoria dos vereadores, que exigem uma quantidade mínima de 13 parlamentares. Mas do jeito que está, vários projetos irão se acumular. "O Poder Legislativo não pode ficar parado e nem ter um acúmulo de projetos, pois não sabemos como será o final dessa legislatura. Será que vamos terminar no dia 16 de dezembro mesmo? Será que teremos sessões extraordinárias para votar pautas? E os vereadores afastados será que vão poder voltar? E os suplentes serão nomeados?", questiona.
O vereador ainda falou que os vereadores são muito bem pagos e o trabalho fica bloqueado por conta de colegas que não comparecem para dar continuidade. "Eles estão demonstrando um desrespeito ao povo e a representatividade desse Poder. Aqui é uma Casa de deliberações, debates, e não só de discursos. Um dos motivos da revolta do povo é essa falta de compromisso com os aracajuanos e ainda prejudica o andamento e o trabalho de todos nós", expõe.