Data de Publicação: 25 de Agosto de 2016
O evento foi realizado durante os três turnos do dia de hoje e teve a participação da comunidade acadêmica da UFS com o comprometimento de mais de 300 pessoas e contou com a parceria do Iluminar - Instituto Lucas e Mariana Aribé de Acessibilidade para a Inclusão Social de Pessoas com Deficiência.
De acordo com a professora e líder do Nupieped, Rita de Cácia Santos Souza, essa é mais uma etapa que vem sendo realizada nos últimos três anos na UFS. "O tema desse encontro foi 'Sinal Verde para a Inclusão', ou seja, deixemos a inclusão acontecer durante o dia de hoje fazendo um trabalho de campo. Criamos cinco grupos e cada um deles se dirigiu em diferentes setores para desenvolver um trabalho de encontro com as pessoas e apresentaram uma cartilha oficial, desenvolvida por Lucas Aribé, intitulada 'Práticas Cidadãs de Acessibilidade', do Projeto Aracaju Acessível", explica a professora.
Segundo a coordenadora do curso de Libras da UFS, Cleide Faye, o grupo hoje está compartilhando essa responsabilidade social. "Quem sabe nós passamos tanto tempo com o sinal vermelho e essa transição para o sinal amarelo e já anunciando um compromisso maior com o sinal verde. Socialmente nós só existimos pela alteridade", quer dizer pela presença do outro. Vários alunos do curso de letras libras, estão aqui compartilhando dessa ação, temos muito a anunciar com uma língua diferente mas com o mesmo espaço de comunicação", explana a coordenadora.
Para a psicóloga e coordenadora da Divisão de Ações Inclusivas (DAIN) da UFS, Susana de Oliveira Santana, a maior conquista para a Universidade foi a instalação de um setor para pensar e cuidar do aluno com deficiência que vem estudar na UFS. "Esse setor foi um processo e partiu de ações como esta de hoje, com professores que abraçaram a causa e começaram a mapear os alunos buscando a realidade do aluno com deficiência que entrava aqui para estudar. Hoje temos 224 alunos com deficiência e para nós é uma vitória, só que ainda não é o ideal porque cerca de 20% da população apresenta algum tipo de deficiência e se pegarmos esse número com a realidade de alunos da universidade, não temos nem 1% dos alunos com deficiência", aponta a psicóloga.
A Chefe do setor do Centro de Educação e Ciências Humanas da UFS, Iara Campelo, comenta dizendo que é importantíssimo compreendermos que a política de inclusão já foi instalada. "A Universidade deixou de ser excludente e agora é inclusiva, e deixou de ser um privilégio de alguns da classe média e da alta a vir à universidade. Hoje, a própria política da inclusão quebra os paradigmas, isso significa dizer que o professor em sala de aula não pode ser autoritário, ele tem que abrir mais o espaço da escuta, do diálogo, de uma compreensão mais ampla. Essa teia que a gente constrói dentro de diferentes perspectivas é que nasce o pensar pelo processo inclusivo", diz a chefe do setor de Educação.
O vereador Lucas parabeniza a universidade pela iniciativa de convidar a todos para participar da construção de um ambiente cada vez mais inclusivo. "Sabemos que é uma caminhada e que há muito a se fazer, e porém muito já foi feito. O projeto Aracaju Acessível começou em 2013 e ele consiste em todas as ações voltadas para a construção da acessibilidade em Aracaju, uma dessas formas é, sem dúvida, a sensibilização da informação, o conhecimento, porque tendo esse conhecimento do que representa a pessoa com deficiência e com mobilidade reduzida, o verdadeiro significado da inclusão é a principal ferramenta para agir como protagonistas da inclusão", comenta Lucas.
Assessora de Comunicação: Maraisa Figueiredo | Fotos: Pablo Gonzalez
Descrição das Imagens:
1- O vereador Lucas Aribé apresentando a cartilha falando ao microfone;
2- O público presente atento à explanação de Lucas.