Data de Publicação: 07 de Novembro de 2013
O vereador Lucas Aribé (PSB) foi convidado pelo Departamento de Serviço Social para participar do Seminário Cinema e Serviço Social na tarde da última quinta-feira, dia 7. O tema abordado por Aribé foi "Acessibilidade em questão: uma luta pela efetivação dos direitos".
Na palestra, o vereador falou sobre a legislação vigente em âmbitos federais, estaduais e municipais, pontuou o Plano Nacional Viver Sem Limite, explicou quais os tipos de barreiras que envolvem as pessoas com deficiência e relatou sua experiência na Universidade Federal de Sergipe, quando foi aluno da instituição.
"Legislação nós temos de sobra, o que precisa é o cumprimento das leis. Precisamos da cobrança do poder público e da sociedade para que o correto seja feito. Porém, nem mesmo o estado cumpre seu papel. Quantos prédios públicos temos sem acessibilidade? É um caminho árduo que passa por todas as esferas", destacou o parlamentar.
Para Lucas Aribé, lutar pela acessibilidade não é lutar por uma parcela da população, e sim, de todos. "Temos que pensar a acessibilidade como um direito de todos. Um bom exemplo que podemos usar é a situação das calçadas em Aracaju. Alguém acha satisfatória? Com certeza não. É lógico que precisamos tratar a pessoa com deficiência em condições diferentes. Não se trata de privilégio. Como sempre digo, acessibilidade não é privilégio ou utopia, é um direito. Portanto, temos que olhar de forma diferenciada, mas a inclusão será um ganho de toda a sociedade", afirmou.
Após uma fala de 40 minutos, Lucas foi questionado pelo grupo de estudantes que acompanhava a discussão. Estudante de Serviço Social, Daniele Lima Costa pediu que ele contasse suas experiências na UFS. "Trabalho com pessoas com deficiência aqui mesmo na Universidade e vejo uma grande dificuldade. Queria que me falasse um pouco sobre o que viveu aqui", questionou.
Lucas Aribé foi estudante da UFS em 2006, na graduação de Letras, e voltou em 2011 para fazer disciplina de Mestrado. "Vive momentos ruins aqui. Não tinha nenhum tipo de acessibilidade, tinha que ir atrás, pedir, quase implorar para que eu pudesse estudar. Os professores, em sua maioria, não eram sensíveis, e a instituição não me dava nenhum tipo de estrutura", afirmou Aribé que foi informado pela estudante que isso mudou pouco até o momento atual.
Ao final do debate, a responsável pelo Grupo de Discussão, Cinthia Leão, agradeceu a presença do vereador e finalizou as atividades.