Data de Publicação: 23 de Março de 2016
O projeto intitulado como Pedal Aracaju Acessível ocorreu na última quinta-feira, 17 de março, em comemoração aos 161 anos do município de Aracaju. Pelo terceiro ano consecutivo o passeio atraiu um público de diferentes idades e nessa edição ganhou uma abordagem especial, pois desde o processo de divulgação à realização do passeio, propiciou a inclusão das pessoas com deficiência.
“No aniversário de Aracaju o meu presente foi guiar pessoas para conhecer melhor a cidade onde moram. Nos dias de hoje informação é uma coisa tão valiosa que compartilhar um pouco das histórias, desafios, contradições e curiosidades dessa cidade me faz sentir o quanto é bom viver e sobreviver aqui. Essa edição do Pedal Cultural Acessível foi muito especial, tivemos a presença de cegos e surdos. Foi um desafio enorme ser acessível nas minhas falas. Agradeço a todos e em especial ao Aracaju Acessível”, disse Waldson Costa, vice-presidente da ONG Ciclo Urbano.
O passeio
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O objetivo do Pedal Cultural Acessível é ser um instrumento para conhecer a cidade de maneira diferente, vivendo as histórias e a cultura das ruas de Aracaju, tendo contato direto com os equipamentos urbanos. Outro objetivo é poder ter tempo para respirar a cidade, pois a velocidade da bicicleta e a possibilidade de interação que o participante tem, oferece um novo olhar para a arquitetura urbana.
O ponto de saída foi o Calçadão da 13 de Julho e seguiu para o centro histórico da capital, passando pelo Monumento Ser Feliz Aracaju, Colégio Estadual Atheneu Sergipense, Praça Camerino, Edifício Estado de Sergipe, Mercado Thales Ferraz e retornando ao Calçadão da 13 de Julho.
Jean Carlos Ferreira, auxiliar administrativo que ficou sabendo do passeio pelas redes sociais da Ciclo Urbano, disse: “É a primeira vez que participo. Utilizo a bicicleta para passear, mas meu percurso sempre foi em direção a praia. Fiquei encantado pela nossa história e curiosidades. Nasci aqui, mas por incrível que pareça não conhecia nenhuma praça. É um tipo de passeio que todos deveriam participar.”
A professora da Parasitologia da Universidade Federal de Sergipe , Luciene Barbosa, comentou que foi através do Pedal Cultural que conheceu melhor Aracaju, “Sou de Belo Horizonte e estou em Aracaju há 3 anos. Foi nesse passeio que tive oportunidade de olhar de perto e conhecer a história dessa linda cidade, por isso que para mim já virou tradição, se tem Pedal Cultural eu participo, pois sempre as abordagens são enriquecedoras e curiosas.”
Já para a Técnica de Dados, Rose Marry, que também faz parte do grupo que gosta do projeto, “Sempre que a Ciclo Urbano comenta que acontecerá, eu me programo para ir. É uma forma de incentivar a olhar e valorizar de perto nossa história, além de conhecer outras pessoas”, enfatiza.
Pedal Inclusivo
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A edição de 2016 contou com o apoio do Projeto Aracaju Acessível realizado pelo vereador Lucas Aribé. Três quadriciclos e duas bicicletas ODKV foram disponibilizadas para as pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. A tradução simultânea da Libras foi realizada pelo Centro de Surdos de Aracaju, parceiro do Aracaju Acessível, através da intérprete Juliana Fraga e a audiodescrição dos pontos turísticos foi feita por Waldson Costa.
Amilton dos Santos, instrutor de Libras e surdo expressou sua emoção em conhecer os monumentos e edificações históricos visitados durante o passeio : “Eu gostei muito de participar e ter acesso ao passeio. Achei muito organizado. Pela primeira vez tive a oportunidade de ver e entender a história de Aracaju, pois contei com o apoio e a paciência da intérprete Juliana que me acompanhou durante todo o passeio. Pude ver que as pessoas cegas presentes utilizaram a bicicleta ODKV tornando esse passeio acessível. Parabenizo a ONG Ciclo Urbano por se juntar ao Projeto Aracaju Acessível e permitir que as pessoas com deficiência se sintam incluídas.
“Voltei para casa feliz pelos abraços recebidos e as declarações ouvidas e transmitidas pelas pessoas com deficiência que estiveram presentes, pois me faz ter coragem de lutar para uma cidade mais humana e acessível para todos.” Finaliza Waldson Costa.
Fonte: Ciclo Urbano