Data de Publicação: 08 de Fevereiro de 2016
Jornal Cinform - Política/Segurança Pública
8 a 14 de fevereiro de 2016
Com uma bandeira muito clara, a da defesa dos direitos dos deficientes e da inclusão, o vereador Lucas Aribé, PSB, aproveitou o recesso parlamentar para distribuir em diversas instituições e órgãos de imprensa o balanço de sua atuação parlamentar em 2015. Mas, no bojo das conversações em torno da candidatura majoritária e das discussões sobre o momento que passa o Legislativo aracajuano, a reportagem do Cinform aproveitou para conferir posicionamentos diversos do vereador.
“A atual legislatura, no meu entender, está deixando a desejar em alguns aspectos. Principalmente no papel da Câmara enquanto casa de debates. Tivemos poucos momentos de debate, diante, especialmente, da pressa para votar projetos”, avalia Lucas, registrando que esse tipo de situação se deu, basicamente, com os projetos oriundos do poder Executivo. “Todos vieram com o requerimento de urgência, com o intuito de evitar os debates”.
Para Lucas, justamente nesses projetos, por serem muitos deles de grande impacto junto à população, seria mais necessária a discussão de ideias. “Reajuste de tarifa, de IPTU, que as pessoas sentem no bolso, não foi dada a oportunidade de alguém da sociedade ir se manifestar. Então a gente fica a se perguntar qual o papel da Câmara? Não há debate às vezes nem entre os vereadores. E a gente tem que abraçar esse desrespeito do Executivo para com o Legislativo?”, questiona.
ANO ELEITORAL
Demonstrando atenção ainda para as questões extra Câmara, mas que serão preponderantes neste ano, a exemplo das composições partidárias e também da eleição em si, Lucas Aribé vê apreensivo a forma como estão se dando as composições. “Acho isso complicado pela experiência que nós tivemos, em 2012, aonde a composição foi feita em cima da hora, na dúvida se era Rogério Carvalho, PT, ou Valadares Filho, PSB. Decidiu-se aos 45 minutos do segundo tempo, alerta Aribé.
“Isso favorece ao adversário, sempre. A indecisão do nosso lado prejudicou em 2012 e ajudou João a vencer. Neste ano, estamos começando mais cedo, com a manifestação do apoio do PSD ao PSB. Mas, isso veio com antagonismos dentro do próprio grupo”, frisa Lucas, que analisa que essa postura “indecisa” chega até mesmo à Câmara. “O único vereador do PSD não é do nosso lado, apoia a bancada do prefeito”
A expectativa de Lucas é que as arestas sejam aparadas e um nome seja alçado. “Eu espero que formemos ura grupo coeso, unido. É importante a manifestação de nosso líder maior, o governador Jackson Barreto, PMDB. Mas, acho justa a pré-candidatura de Valadares Filho, é legítima, pois ele atende aos requisitos necessários e foi candidato na outra eleição. Espero a manifestação do nosso líder, Jackson”, diz Aribé, ressaltando que, na sua avaliação, o grupo oposicionista na Capital deve marchar com um candidato único. “Defendo isso”.
Já em relação à sua própria candidatura, Lucas Aribé é tranquilo. “Está muito cedo para a definição de candidatura. Ainda tenho algumas ações a serem realizadas, que estamos preparando para este ano. Já fizemos muito, em algumas áreas fizemos até mais do que nos comprometemos. Mas, estou trabalhando para cumprir com o que ainda tenho a realizar. Mais à frente a gente define ou não pela candidatura”, finaliza.