Dia a Dia

Seminário Aracaju Acessível reuniu mais de 200 pessoas

Data de Publicação: 30 de Setembro de 2015

Foto -
Em Sergipe há cerca de 692 mil pessoas com deficiência e apenas cinco mil vagas garantidas pela política de cotas, segundo dados do IBGE e CAGED. A dificuldade do acesso ao emprego ainda é uma das grandes problemáticas sociais da atualidade. Com esses dados, o Instituto Iluminar realizou, na quarta-feira(23), o Seminário Aracaju Acessível, que teve como tema ´O trabalho como instrumento de transformação social´. O evento contou com mais de 200 pessoas inscritas e a participação de renomados palestrantes, tendo o apoio do Centro de Integração Raio de Sol (Ciras), a parceria da Sociedade Semear e do mandato do vereador Lucas Aribé.

 

Um dos paradigmas da sociedade é a acessibilidade no mercado de trabalho ser vista como um favor, o que segundo Rafael Faria Giguer, auditor Fiscal do MTE/RS e um dos palestrantes do Seminário, é uma visão errada. A inclusão é um direito de todo cidadão. “É direito humano fundamental da pessoa com deficiência a acessibilidade em um concurso. O concurso deve dar toda a garantia para a pessoa com deficiência para que tenha igualdade de oportunidade para concorrer com as demais pessoas”, afirmou o palestrante.

 

Foto -
Com a escassez de vagas para pessoa com deficiência, se faz necessário o uso do Emprego Apoiado para inclusão não apenas dessas pessoas, mas para vários cidadãos que têm dificuldade para entrar no mercado de trabalho. “O Emprego Apoiado é uma metodologia que é fundamental como política pública. Não só como metodologia, não é só uma técnica ou uma teoria, ela tem que se transformar em uma política pública. As pessoas que estão em uma situação de capacidade significativa precisam ter acesso a esses serviços. A melhor forma de ter acesso a esse serviço é transformando o emprego apoiado em uma política pública efetiva que garanta o acesso ao direito ao trabalho que é fundamental a todos”, pontuou Alexandre Prado Betti, da Associação Nacional de Emprego Apoiado/SP e também palestrante do seminário.

 

Além da dificuldade de inclusão das pessoas com deficiência em mercados já consolidados, há também o obstáculo de começar a empreender. Para isso, Nelson Júnior, diretor Geral do Supereficiente Acessibilidade Libras e Braille e palestrante, demonstra exemplos de como é possível trabalhar com o empreendedorismo. “O objetivo é mostrar à pessoa com deficiência que, se ela pode trabalhar, ela também pode empreender”, explicou Júnior.

 

Todas as palestras do Seminário tiveram o intuito de facilitar o entendimento de como funciona a acessibilidade no mercado de trabalho. “Acredito que tudo isso é de grande relevância. As pessoas que participaram do Seminário tiveram a oportunidade de aprofundar os conhecimentos e de criar expectativas de um país que se preocupa com a inclusão social”, afirmou o vereador Lucas Aribé (PSB).

 

Ocorreram também, no turno da tarde, ´Reflexões sobre práticas atitudinais, arquitetônicas e tecnológicas que ajudam a superar as barreiras do cotidiano no ambiente laboral´, com Ana Lúcia de Melo, chefe do Departamento de Projetos da Emurb e Clarissa Andrade Carvalho, professora da Universidade Federal de Sergipe e representante do Fórum Estadual de Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho, bem como ´A impressora 3D - acessibilidade e autonomia´, com o palestrante Nelson Júnior. 


Por João Paulo (estudante de Jornalismo/Unit)

Edição: Waneska Cipriano